Agência espacial abre programa de formação de astronautas a deficientes físicos

Agência espacial abre programa de formação de astronautas a deficientes físicos

Prestes a realizar sua primeira campanha de recrutamento de astronautas em 11 anos, a Agência Espacial Europeia (ESA) revela que deseja maior diversidade nas próximas viagens tripuladas. Além da intenção de enviar mais mulheres para o espaço, a instituição anunciou que chegou a hora de abrir o processo de inscrição também para pessoas com deficiência física – um grande passo em direção a uma melhor inclusão e representação em programas espaciais. Com base nas categorias definidas pelo Comitê Paraolímpico Internacional, a ESA inicialmente vai considerar as solicitações de indivíduos com deficiência de membros inferiores abaixo do joelho ou tornozelo, diferenças extremas no comprimento das pernas ou que medem menos de 1,30m de altura. Parte de uma iniciativa chamada “Projeto de Viabilidade do Parastronauta”, esta é a primeira vez que uma agência espacial, em qualquer lugar do mundo, abre a oportunidade a deficientes físicos. Leia a matéria completa aqui.

Clubhouse: um app nada acessível

Clubhouse: um app nada acessível

Apesar de ter sido lançada em maio de 2020 (em versão de teste), a rede social Clubhouse se tornou um dos assuntos mais comentados das últimas semanas ao conquistar um enorme número de usuários no Brasil e em outras partes do globo. Mas, mesmo com toda essa popularidade, as pessoas com deficiência foram, mais uma vez, deixadas para trás –pelo menos num primeiro momento. Por ser uma plataforma com salas de conversas ao vivo, e apenas por áudio, ela já não é acessível a quem é surdo. Porém, além dessa clara limitação, o app também tem sido alvo de reclamações de deficientes visuais, já que foi disponibilizado sem configurações que permitam a utilização de leitores de tela. “Pessoas com deficiência são acostumadas a ser invisíveis, mas eu me recuso a fazer isso”, disse à BBC News Brasil a escritora Paula Pfeifer, que usou suas redes sociais para apontar problemas de acessibilidade na nova plataforma. Com deficiência auditiva e líder do projeto Surdos Que Ouvem, ela chegou a ser acusada de fazer “militância chata” por levantar a voz para um problema recorrente que enfrenta ao tentar participar de “novidades” na internet. “Desde que me posicionei, eu preciso ‘provar’ que acessibilidade é importante. Acessibilidade não é um luxo. Na verdade, ela é pré-requisito básico de produtos e serviços e deve ser pensada desde a sua concepção, e não para ‘tapar buraco’ depois”, completa. Leia mais.

Novo CEO do ICOM quer fazer as empresas brasileiras serem fluentes em Libras

Novo CEO do ICOM quer fazer as empresas brasileiras serem fluentes em Libras

Segundo dados do IBGE, cerca de 2 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência auditiva. Boa parte dessa população tem como seu primeiro idioma a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e não consegue se comunicar usando o português. Para facilitar a interação dessas pessoas com os ouvintes, a AME, entidade que há 30 anos promove inclusão e acessibilidade, lançou em 2014 o ICOM, plataforma online de tradução simultânea Libras-português.

Desde sua criação, o ICOM registra mais de 5 mil horas/mês de conversas entre surdos e ouvintes, mediadas por intérpretes profissionais de Libras. “Agora, a meta é multiplicar esse número e dobrar o faturamento do serviço até o final do ano”, afirma o advogado Cid Torquato, que acaba de assumir o cargo de CEO do ICOM.

Ex-secretário Estadual Adjunto e ex-secretário Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Torquato defende que as empresas, públicas e privadas, além dos órgãos governamentais, sejam fluentes em Libras. “É preciso garantir o atendimento a essas pessoas em seu idioma preferencial. O ICOM oferece uma solução simples, ágil e eficiente para facilitar a comunicação entre surdos e ouvintes, ampliando a inclusão e promovendo mais cidadania para as pessoas com deficiência auditiva”, afirma.

Torquato, que foi um dos fundadores da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, era executivo conhecido no mercado quando sofreu acidente que o deixou tetraplégico em 2007. Desde então, passou a se dedicar às pautas de inclusão e acessibilidade. Agora na AME, ele pretende usar sua experiência e poder de mobilização para multiplicar o número de usuários do ICOM Brasil afora.

ICOM é líder nacional no segmento de soluções de tecnologia e serviços de comunicação e intermediação em Libras. Com clientes públicos e privados, mantém negócios em diversos estados do Brasil, promovendo conversas inclusivas em empresas e órgãos governamentais como BB Seguros, Bunge, Serasa Experian, Prefeitura de São Paulo e EMTU, entre outros.

Torquato será responsável ainda pelo processo de spin-off da operação. Hoje o ICOM funciona como um departamento da AME e a ideia é que, em breve, ele passe a operar como uma empresa independente, o que deve impulsionar seu crescimento no mercado brasileiro e também no exterior. “A chegada de Cid Torquato é mais um passo no processo de profissionalização da AME e do próprio ICOM. Com seu conhecimento dos problemas de inclusão e acessibilidade, temos certeza de que ele vai ampliar nossa carteira de clientes, fazendo com que a plataforma seja adotada por grandes empresas do Brasil e do mundo”, afirma José Araújo Neto, presidente da AME.

Novo curso ajuda profissionais de RH a adotar práticas inclusivas

Novo curso ajuda profissionais de RH a adotar práticas inclusivas

Com o objetivo de auxiliar os gestores de empresas públicas ou privadas no processo de contratação e desenvolvimento profissional de pessoas com deficiência, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED) de São Paulo realiza, entre os dias 23 e 24 de fevereiro, das 10h30 às 12h, o curso online “Trabalho, direito de todos – Inclusão Profissional de Pessoas com Deficiência”.

A capacitação é voltada aos gestores de recursos humanos e da área de diversidade, bem como aos demais funcionários envolvidos em processos de inclusão. O objetivo é aprimorar os processos de contratação e desenvolvimento profissional dos colaboradores com deficiência, além de aumentar o foco sobre os programas corporativos de diversidade e inclusão e orientar a respeito de aspectos legais e práticas inclusivas.

Os assuntos abordados nas aulas online incluem legislação, conceitos, terminologias, tecnologia assistiva e o papel do Estado.  

Ferramenta de transformação e empoderamento

Além de movimentar a economia, a entrada de pessoas com deficiência no mercado de trabalho representa uma poderosa ferramenta de transformação, abrindo possibilidades de protagonismo em diversos setores. Essa tendência, inclusive, vem sendo impulsionada desde 1991 pela Lei de Cotas (Lei Federal nº 8.213). Pela legislação, empresas com cem ou mais funcionários devem destinar de 2% a 5% de seus postos de trabalho a pessoas com deficiência.

Pensando nisso, a SMPED tem realizado várias ações para ampliar a acessibilidade e os direitos das pessoas com deficiência, como o “Contrata SP”, feira de empregabilidade voltada à profissionais com deficiência, e o “Programa de Estágio para Estudantes com Deficiência”. “O trabalho significa dignidade e autoestima para as pessoas com deficiência. A partir da inclusão no mercado de trabalho, elas enxergam que são plenamente capazes de exercer funções no ambiente corporativo e na sociedade. Mas ainda temos muito a evoluir na prática para tornar essa política ainda mais efetiva” avalia Silvia Grecco, secretária municipal da Pessoa com Deficiência.

As inscrições podem ser feitas até o dia 19 de fevereiro por meio do link: http://bit.ly/capacitaçãotrabalho.

Acontece – notícias de acessibilidade e inclusão

Acontece – notícias de acessibilidade e inclusão

Conheça o tênis que não precisa das mãos para ser calçado

A Nike acaba de lançar nos Estados Unidos o GO FlyEase Hands-Free, um tênis desenvolvido para facilitar a vida de pessoas com deficiência na hora de se vestirem. O modelo foi concebido com base em uma tecnologia que imita o movimento que as pessoas fazem ao tirar o sapato usando apenas os pés. Além disso, uma faixa elástica posicionada acima da base do tênis é responsável por mantê-lo “aberto” durante o momento de calçá-lo, e fechado quando ele estiver sendo usado. “O conceito original por trás desse sapato era dar apoio aos nossos atletas com deficiência. Mas, durante a sua criação, percebemos que ele era realmente universal”, conta um dos designers. O GO FlyEase Hands-Free deve chegar às lojas nos próximos meses e estará disponível em três cores diferentes. O preço será 120 dólares (cerca de 644 reais). Saiba mais


Inclusão digital em foco

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência abriu inscrições para cursos de inclusão digital para pessoas com deficiência. Gratuitos e em formato de ensino à distância (EaD), o seu objetivo é desmistificar o sentimento de medo e insegurança em acessar recursos tecnológicos. Dentro do módulo de inclusão digital, é possível se matricular em aulas de alfabetização digital, digitação, redes sociais e tecnologia assistiva voltada a pessoas com deficiência visual. A ação é realizada em parceria com o Centro de Tecnologia e Inovação e com o Serviço de Reabilitação Lucy Montoro, com o intuito de garantir maior autonomia e inclusão às pessoas com deficiência. Cada curso tem de seis a quinze horas de duração e as inscrições devem ser feitas por meio do link: http://bit.ly/CursosInclusaoDigital.


Patrimônio cultural brasileiro transforma-se em game inclusivo

Um novo jogo para celulares e tablets, Guardiães da Justiça 1.0, baseia-se no patrimônio histórico e cultural de Pernambuco para divertir crianças a partir de 4 anos de idade, além de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), deficiência intelectual, visual ou auditiva. Desenvolvido pelo Memorial de Justiça de Pernambuco (órgão do TJPE) em parceria com a Tangram Cultural, o game foi lançado em janeiro deste ano em versão trilíngue (português, inglês e libras – com recursos de inclusão e acessibilidade) e pode ser baixado gratuitamente em celulares e tablets nas lojas da Apple e do Google. No ambiente virtual, os jogadores são estimulados de forma lúdica a praticar ações de cidadania e educação patrimonial enquanto se deparam com personagens que apresentam temas como cangaço, escravidão, capoeira e frevo. “Um dos grandes atrativos do game é favorecer a inclusão de parcela da sociedade que não costuma ser contemplada com tantos recursos de acessibilidade comunicacional”, destaca Carlos Amaral, gestor do Memorial.  Leia mais aqui.

Acontece – notícias de acessibilidade e inclusão

Acontece – notícias de acessibilidade e inclusão

STF rejeita vacinação prioritária para pessoas com deficiência

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, negou liminar do partido Podemos para incluir as pessoas com deficiência entre os grupos prioritários para receber a vacina de prevenção à Covid-19. O pedido argumentava que atendimento prioritário previsto na Lei Brasileira de Inclusão (13.146/2015) inclui também, no caso específico da pandemia, “o recebimento prioritário de vacinas, cuidados intensivos em salas de UTI e no uso de respiradores”. Lewandowski considerou que o pleito era muito amplo para ser atendido. Pedido semelhante já havia sido negado anteriormente pelo ministro, em ação proposta pela Federação Brasileira de Associações de Síndrome de Down (FBASD). “Além disso, considerada a notória escassez de imunizantes no País – a qual, aliás, está longe de ser superada -, não se pode excluir a hipótese de que a inclusão de um novo grupo de pessoas na lista de precedência, sem qualquer dúvida merecedor de proteção estatal, poderia acarretar a retirada, total ou parcial, de outros grupos já incluídos no rol daqueles que serão vacinados de forma prioritária, presumivelmente escolhidos a partir de critérios técnicos e científicos definidos pelas autoridades sanitárias”, escreveu. As informações são da Agência Brasil.



Fábricas de Cultura ganham novas tecnologias inclusivas

Espaços multiculturais com programação gratuita, as Fábricas de Cultura mantidas pelo governo de São Paulo receberão novos equipamentos para se tornarem espaços ainda mais democráticos. Nesta semana foi anunciada a entrega de dispositivos voltados aos deficientes visuais, entre eles o OrCam MyEye. Trata-se de uma câmera que cria uma visão artificial sem necessidade de conexão à internet. Acoplada aos óculos, ela identifica textos em inglês, português e espanhol e é capaz de ler entre 100 e 250 palavras por minuto. Serão contempladas as unidades de Vila Curuçá, Itaim Paulista, Sapopemba, Cidade Tiradentes e Parque Belém, além daquela localizada cidade de São Bernardo do Campo. As bibliotecas das Fábricas de Cultura contam ainda com outros equipamentos de inclusão, como linha braile, leitor autônomo, leitor de livros digitais, ampliador de caracteres, teclado ampliado, mouse adaptado, folheador eletrônico e impressora braile. Saiba mais.


Projeto de lei quer reforçar acesso à cultura e ao esporte para pessoas com deficiência

Proposta apresentada pelo deputado Nereu Crispim (PSL-RS) altera o Estatuto da Pessoa com Deficiência para deixar mais clara a garantia da participação segura dessa população como praticante, competidor ou acompanhante em treinos, serviços ou eventos culturais ou esportivos promovidos pelo poder público ou pela iniciativa privada. De acordo com a lei em vigor, já é obrigatório garantir o acesso da pessoa com deficiência à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. O projeto de Cripim busca dar mais ênfase a essa obrigatoriedade. Para assegurar a igualdade de oportunidades, a proposta prevê a necessidade de adaptações voltadas às pessoas com deficiência em estacionamentos, banheiros, bebedouros, praças de alimentação e outros espaços do local de realização do evento. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

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