Apesar de ter sido lançada em maio de 2020 (em versão de teste), a rede social Clubhouse se tornou um dos assuntos mais comentados das últimas semanas ao conquistar um enorme número de usuários no Brasil e em outras partes do globo. Mas, mesmo com toda essa popularidade, as pessoas com deficiência foram, mais uma vez, deixadas para trás –pelo menos num primeiro momento. Por ser uma plataforma com salas de conversas ao vivo, e apenas por áudio, ela já não é acessível a quem é surdo. Porém, além dessa clara limitação, o app também tem sido alvo de reclamações de deficientes visuais, já que foi disponibilizado sem configurações que permitam a utilização de leitores de tela. “Pessoas com deficiência são acostumadas a ser invisíveis, mas eu me recuso a fazer isso”, disse à BBC News Brasil a escritora Paula Pfeifer, que usou suas redes sociais para apontar problemas de acessibilidade na nova plataforma. Com deficiência auditiva e líder do projeto Surdos Que Ouvem, ela chegou a ser acusada de fazer “militância chata” por levantar a voz para um problema recorrente que enfrenta ao tentar participar de “novidades” na internet. “Desde que me posicionei, eu preciso ‘provar’ que acessibilidade é importante. Acessibilidade não é um luxo. Na verdade, ela é pré-requisito básico de produtos e serviços e deve ser pensada desde a sua concepção, e não para ‘tapar buraco’ depois”, completa. Leia mais.
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